segunda-feira, junho 16, 2008

PRATICO DESPORTO LOGO EXISTO!



Dia 8 levantei a minha malta cedo e lá fui a todo o gás fazer mais um Triatlo do Ambiente. É a única modalidade que pratico para onde os consigo arrastar, ainda não percebi bem porquê mas suspeito que é porque o triatlo visto por quem assiste é um desporto que pela alternância de movimentos, cor e clima de festa proporciona um bonito espectáculo. Quem nele participa, este ambiente é vivido por dentro, apesar da perspectiva diferente as sensações são muito semelhantes, mas juntam-se outras, as de em cada braçada, pedalada e passada se renovar o prazer de viver, se revelar um significado de existir.
Prosa à parte, a minha mulher dizes-me sempre "porque é que não voltas a fazer triatlo?". "Apetece-me fazer outras coisas" respondo. É parte da verdade, a outra é que as provas curtas de triatlo que são a maioria no calendário nacional fazem-me andar numa intensidade de esforço que não treino, ou seja sinto-me ofegante a maior parte da prova o que me causa desconforto físico e psiquico. Depois porque a voltar a praticar triatlo, tinha de fazer alguns investimentos a começar pelo me fato "aquaman" com mais de 10 anos e uns "upgrades" na bina que também já está cota ( aliás como eu),resumindo: "no money, no tickets"! Depois... bem depois estou noutra e pronto, apesar do argumento familiar ser de peso!
Este a ano a natação do Triatlo de Oeiras foi um luxo quando comparada com a de anos anteriores, nomeadamente com a do ano passado. Como não nado com frequência, fui a "soprar balões" até a última bóia e só a partir daí é que me senti "confortável" ( julgo que a partir desse momento fazia um ironman com "tranquilidade"), mas ao sair do segmento passo por um atleta agachado junto à rebentação que ninguém auxiliava o que me fez voltar para trás e perguntar-lhe se estava bem e se queria ajuda, responde-me que sim porque tinha dado um jeito não costas e não conseguia levantar-se. Ajudado por uma companheira triatleta, levo-o para a praia e vejo dirigirem-se na nossa direcção dois polícias marítimos que levam o atleta presumo que para junto de uma equipa médica e recomeço a correr na direcção das escadas de acesso ao parque de tansição ao mesmo tempo que olho para o relógio e constato que perdera 2m com a boa acção do dia. Não o lamento claro, conheço o meu sentido autruísta nestas ocasiões, é automático! Entusiamo-me com os vivas dos espectadores nos quais estava a minha claque particular e penso feliz "está um belo dia para praticar triatlo".
O ciclismo foi sempre a puxar por um grupo que raramente se atreveu a fazer o mesmo. As vezes que alguém o fez, foi para travar o meu andamento, pelo que preferi ser eu sempre na frente sem draffting ainda a ouvir "calma, calma" dos meus companheiros. No final os " obrigado companheiro" souberam-me bem , mas fizeram-me considerar a melhoria da minha prestação na natação para que no futuro consiga apanhar grupos mais "triatléticos".
A corrida num percurso lindíssimo à beira mar foi feita num tempo razoável, isto apesar das minhas pernas acusarem uma espécie de séries feitas no dia anterior ( Penha de França - Terreiro do Paço em 12m25s para a apanhar o barco), completou mais um dia celebrando o triatlo ao cruzar a meta com a Mónica. Mais um dia memorável na boa companhia da Esmeralda e do Velez agora convertidos ao triatlo e das minhas raras mas bonitas espectadoras, Mónica e Né.

Dia 10 foi o dia do Raid do Espichel, desta vez celebrando outra bela modalidade que é a orientação. Atrasados como sempre ( eu e o campeão), partimos do castelo de Sesimbra para uma pedestre ao que se seguia uma etapa de BTT ( daí a designação de duatlo) com 25cps para "picar" num mapa de 1:25000. Eu, fraco orientista, mas em franca progressão ( tinha de dizer isto) com muitas peripécias pelo meio como um furo, avaria no travão traseiro que bloqueava a roda, isto já para não dizer que olho 100 vezes o mapa para confirmar detalhes, aquilo que um orientista mais experiente faz apenas uma vez o que me faz perder muito tempo entre cada Cp. Levei desta forma 7h11m para completar os mais 60km do percurso ( e não 90 como havia dito) equanto ao meu irmão bastaram 4hrs para se sagrar vencedor da prova. Usando a linguagem do furtebolês própria do momento, diria que o mano joga na 1ª divisão com acesso aos lugares na liga dos campeões e eu nos distritais a ver se consigo subir aos regionais, tenho muito para aprender portanto. Parabéns ao campeão!
Bonitas paisagens, mapa desafiante,uma importante lição de orientação e bom convívio foi o que o GDU Azóia proporcionou a todos os participantes, ou seja mais um dia para afirmar que: PRATICO DESPORTO LOGO EXISTO!

PS - Um ligeiro empeno e muito trabalho por turnos fizeram com que só voltasse a treinar ontem, segue-se uma semana a preparar o Raid Transpeninsular a 28 de Junho e o Campeonato Nacional das CA´s em Julho





1 comentário:

Fernando Andrade. disse...

Ai, que saudades, ai,ai!!! do triatlo.
Parabéns Zen. Sempre a bombar ...

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